Relator da reforma da Previdência na Câmara Federal, o deputado baiano Arthur Maia (DEM) é suspeito de receber um mensalinho de R$ 125 mil da “Máfia do Lixo”, um esquema que envolve uma empresa e a Prefeitura de Bom Jesus da Lapa, onde o parlamentar foi prefeito. Após as denúncias no final do ano passado, a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de um inquérito junto ao Supremo Tribunal Federal, que através do ministro Ricardo Lewandowski, determinou a Polícia Federal diligências para coleta de documentos e realização de oitivas dos envolvidos. Lewandowski ordenou também a remessa dos autos para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A decisão foi baseada no entendimento firmado pela Corte de restringir o foro privilegiado de deputados e senadores apenas para crimes relacionados ao mandato.
Denúncia e esquema
A denúncia do esquema foi feita pelo líder do PTC em Bom Jesus da Lapa, Edimar Matheus de Oliveira. Ao MP, ele disse que não havia controle efetivo dos serviços prestados pela empresa de coleta contratada pela prefeitura e que muitas das ações previstas em contrato não foram efetivadas. Edimar afirmou que há indícios de superfaturamento e desvio de recursos públicos. Após Arthur Maia ser prefeito, ele emplacou no município, a cerca de 760 km de Salvador, seu irmão Rodrigo Maia como gestor da cidade. Atualmente, Bom Jesus da Lapa é comandada por Eures Ribeiro (PSD), que também é investigado pelo Ministério Público. O esquema, segundo os acusadores, teria passado de uma gestão para outra.
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